Morre aos 93 anos o empresário e ex-senador Ronan Tito de Almeida
11/04/2025
(Foto: Reprodução) Político mineiro morreu na quinta-feira (10), em Belo Horizonte. Ele enfrentava problemas de saúde em estágio avançado. Ronan Tito morreu aos 93 anos
Senado Federal
O empresário e político mineiro Ronan Tito de Almeida faleceu em Belo Horizonte, na quinta-feira (10), aos 93 anos. Ele enfrentava problemas de saúde em estágio avançado e estava internado na capital mineira, onde morava atualmente.
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Natural de Pratinha (MG), Ronan Tito construiu uma trajetória marcada por dedicação à vida pública e ao desenvolvimento econômico e social do estado de Minas Gerais. Foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) entre 1968 e 1969, período em que atuou principalmente em defesa do empreendedorismo e da classe empresarial.
Também foi vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) entre 1970 e 1972 e integrou o Conselho Curador da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Ronan Tito deixa a esposa, Laís de Almeida, e dois filhos.
O velório e as cerimônias de despedida serão realizados na capital mineira, com data e local ainda a serem divulgados pela família.
Aciub lamenta morte de Ronan
A Aciub lamentou o falecimento do ex-presidente da entidade e prestou solidariedade à família e aos amigos. Em nota assinada pelo atual presidente, Fábio Túlio, destacou o legado de Ronan Tito como um empreendedor visionário e um político comprometido com a transformação social e o fortalecimento das instituições democráticas.
"É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do ex-presidente da Aciub, na gestão 1967-1969, Ronan Tito de Almeida, que deixou o seu nome da história da entidade como um empreendedor que esteve à frente das defesas do empreendedorismo e de melhorias para a sociedade, seja na atuação diante da entidade, como na sua história política."
Carreira política de Ronan Tito de Almeida
Ingressou na política em 1972, pelo então MDB. Foi eleito deputado federal em 1978 e reeleito em 1982. Durante o segundo mandato, licenciou-se entre 1983 e 1985 para assumir a Secretaria Estadual de Trabalho e Ação Social nos governos de Tancredo Neves e Hélio Garcia.
Em 1986, elegeu-se senador da República, cargo que exerceu até 1995. No Senado, foi líder da bancada do PMDB e teve papel relevante na Assembleia Nacional Constituinte, contribuindo diretamente para a regulamentação da Constituição de 1988. Foi autor do projeto que deu origem ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e coautor do Código de Defesa do Contribuinte.
Ronan chegou a se candidatar ao governo de Minas Gerais no início da década de 90. Entre 1993 e 1995 ainda presidiu a Fundação Ulysses Guimarães, instituição ligada à formação política e ao fortalecimento da democracia.
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